Traçando o fio: artista local promove comunidade por meio do tricô e do crochê

Jul 21, 2023

Um pequeno casaco rosa com seis botões brancos perolados repousava sobre uma mesa coberta de pano.

Dentro de uma sala de exposição na Alameda County Fair neste verão, a luz ambiente iluminou o fio rosado do casaco e suas complexidades: gola, punhos e Vs de cada lado do peito que se estendem para baixo com linhas simples. Logo abaixo do casaco, um pedaço de papel marcava-o como Primeiro Lugar, “Melhor da Exposição”.

Ganhou reconhecimento como item único na categoria Knit Infant & Toddler Items para um projeto adulto.

A artista: Donnamarie Fuller.

Com mais de quatro décadas de prática e algumas centenas de projetos, ela não é novata em fios. E ela não é apenas uma artista premiada, ela também é organizadora da comunidade de tricô e crochê em Livermore.

Embora tenha alcançado sucesso individual, ela humildemente dá crédito à comunidade por suas realizações. Então, quando ela faz arte para a paz de espírito, para o desafio ou para alguém necessitado, ela está fazendo ainda mais - ela está edificando e encorajando aqueles que a rodeiam.

“Conforme você sobe, você levanta”, disse Fuller, referindo-se à sua jornada na arte. É algo que começou quando ela tinha menos de 10 anos.

Ela pegou uma agulha de crochê pela primeira vez sob a orientação de uma amiga da família em Sunol. As aulas começavam com o ponto corrente, um simples ponto circular, tornado tênue por ideais de perfeição – cada erro era desfeito, toda vez que a costura era reiniciada. Frustrada, ela fez uma pausa de vários anos, apenas para retornar com uma paixão revigorada. Desta vez, ela estava tecendo fios em cabides.

“Consegui abordar isso de um ângulo diferente. Consegui pegar uma agulha, pegar um fio e me divertir com isso”, disse Fuller. "Eu tenho que explorar com isso."

Pouco depois, ela voltou a fazer crochê. Ela ainda acrescentou o tricô ao seu repertório, habilidade que trouxe reconhecimento público neste verão com a vitória na feira. É uma vitória que ela compartilha, dando crédito à estilista do casaco Julie Weisenberger junto com Sandy Rowney - dona da Knit This, Purl That! em Livermore – e grupos locais de tricô.

“Todos que contribuíram para o que sei fazer hoje – todos recebem uma parte desse prêmio”, disse Fuller. "Estou grato por isso. Agradeço a honra, mas de forma alguma acho que fui apenas eu quem concluiu este trabalho em um nível onde ele poderia ser reconhecido. Muitas pessoas vieram antes de mim para me guiar."

Sua presença se estende ainda mais, já que ela é co-coordenadora do Downtown Livermore Tree Sweater Forest com Rachel Flory desde 2018. Flory atribui a manutenção do projeto a Fuller, com a próxima instalação marcada para 30 de setembro.

“Ela é maravilhosa na comunicação com os fabricantes de suéteres de árvores, bem como com as pessoas que aparecem porque – é arte em ação – quando estamos instalando e embelezando nossas árvores, há muitas perguntas”, disse Flory.

Fuller explicou que sua arte é uma paixão. Ela disse que criar arte a ajuda a se autorregular. Há alívio na previsibilidade do tricô. Swooshes e cliques repetidos de fios e agulhas dissipam seu estresse. Mas mesmo em projetos desafiadores, que são um pouco menos relaxantes, ela gosta de aprender.

A arte também é uma forma de ela se conectar com outras pessoas. Projetos de meses de duração, como xales de oração, são presentes trabalhosos destinados a fazer com que as pessoas se sintam cuidadas, importantes e confortadas.

Apesar de tudo isso, em vez de se concentrar em seus próprios elogios, ela impulsiona a comunidade artística em Livermore e além, compartilhando crédito e expressando inspiração a outras pessoas.

"Se você vir alguém criando - seja tinta, seja argila, seja fio, seja tecido - se você vir isso e sentir que tem uma paixão ou um interesse, espero que (você) alimente isso", disse Fuller. "Vá em frente! Vá em frente!"